sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

TRIBUNA LIVRE


                                    PERDIDOS

 
Nos ensurdecedores silêncios

Da minha solidão ímpar

Busco palavras ditas um dia

Que já  ecoam distantes

Sussurrantes

Na memória

Do tempo

 

Busco o que fui e onde fiquei

Eu, e meu todo imensurável

Quando faltava nada consequente

Risos se espalhavam displicentes

E meu olhar  vagava cego, tonto

Buscando impenetráveis quimeras

Que nunca seriam minhas

 

Dias idos e vividos

Perdidos na roda da sorte

Tempos de nunca mais

Minutos roubados

Horas de ontem

Eras de outrora

Anos jovens

 
E hoje?

                              Clair  de Mattos

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