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Efigenia Coutinho
Ternura
Efigênia Coutinho
Ninguém... Ninguém sabe que canto
chorando... Que a alma ascende num pranto,
altas esferas do Universo em seus confins.
Onde me escutam Arcanjos e Querubins.
Ninguém... Ninguém sabe que canto
versos bordados a lágrimas de sangue.
Minha Alma vai pelas esferas entregue ,
ecoando o pranto tira-me todo encanto...
Correm os sonhos por mares em procela
e expira o meu choro na voz do Paraíso.
Calmo e puro aos meus olhos se revela...
Entre sonho e realidade, ainda agonizo.
Olha-me de pronto! Sou o pranto que chorei,
sentindo no peito a dor de ter nascido...
Agora, olha-me de volta, pois encontrei
muita Ternura, por ter-te conhecido...
Balneário Camboriú&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&77
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