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Mar
de sargaços Suspensos entre a minha realidade e os sonhos traçados em
malfadadas linhas tortas, deambulam pensamentos refreados. São pardos de
lágrimas, visões de mares de sargaços ondulantes onde me deito. Dolorido o
corpo, machucada a alma, de vontade hesitante…contemplo o tempo de passado
distante. - Era meu o leito desarrumado naquele canto escondido onde dormia a
poesia? Ah! Ainda sinto o perfume a açafate-de-prata das dunas do teu peito a
enfeitar-me os sentidos! Impregnada, resumo os meus dias num verso ou dois,
com os quais, pincelo os caminhos, só para resistir ao inferno de que é feita
esta solidão! E na prece que faço aos anjos (que te aconcheguem ao meu lado!)
diluo a vontade de abraçar-te com beijos…mordidos, sedutores dos meus
desejos! Pelo canto do olhar recolho a realidade e espalho-a sobre o mar de
sargaços em ilhas dispersas, sem pressas…no sentido contrário aos ponteiros do
relógio, para que tudo volte a ser como antes.
Rosa Alentejana MCN:
C6FLE-ZXL3J-U2RKS
/imagem da net)
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