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Fala-se muito em biografias, autorizadas ou não. No meu entender, depende.
Primeiramente é necessário saber se o dito biografado está vivo ou morto. Questão importantíssima. Caso o individuo esteja de pé e falando, melhor seria acertar com ele quanto a detalhes, digamos...inoportunos.
Claro que o direito de expressão preside a questão, porém, faz-se necessário observar, que, no caso,também deve-se ter em conta o respeito à vida privada de cada um. Direito tão legítimo quanto.
Porém o que realmente me instiga a digitar estas linhas, refere-se ao escritor brasileiro em sua quase totalidade.
As grandes editoras nacionais, simplesmente os ignoram, a menos que paguem os custos da tiragem com o próprio dinheirinho suado, e possam ainda garantir o abrigo da mídia, especializada ou não.
Além disso, recebem o mísero percentual de 10% sobre a quantidade de livros vendidos, os quais jamais saberão realmente quantos foram, vez que, ao que consta, nenhuma lei obriga editores a mostrarem seus próprios rendimentos, no que refere ao montante de vendas de cada obra. Ou seja: A Editora pode simplesmente enviar um cheque correspondente a algum valor de vendagem, mas, os , autores, jamais saberão se tais números correspondem à real quantidade de livros comercializados . Dá pra entender?
Se a empresa editorial pagar ao autor o equivalente a 200,300 ou 500 exemplares vendidos, na verdade, ele jamais saberá se tal número corresponde à realidade comercial. Podem ter sido vendidas quantidades superiores. Como saber? Pelo que se conhece, nenhum órgão nacional confere o número real da comercialização da obra do autor. Além disso, acresce ainda, a competição com os grandes " best-sellers", comprados a peso de ouro nas "feiras internacionais". Livros esses que já chegam à pátria amada com seu mercado garantido pela mídia, interessada apenas no lucro fácil e rápido.
Penso que o assunto merece discussão mais alongada. Não?
Clair de Mattos.
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