domingo, 13 de abril de 2014

INFORME ABL

                        &&&&&&&&&&&&&&&&

Romancista baiano Antônio Torres toma posse na Cadeira 23 da ABL, fundada por Machado de Assis

“Aqui chega um baiano que está longe de representar a Bahia da grande oratória, que, no dizer de Jorge Amado, foi devidamente representado nesta Casa por seu antecessor, o nobre Otávio Mangabeira, como definiu o não menos nobre Luiz Paulo Horta, sucessor de Zélia Gattai, que sucedeu Jorge, que sucedeu Mangabeira, que sucedeu Alfredo Pujol, que sucedeu o Conselheiro Lafayette, que sucedeu Machado de Assis – o fundador da Cadeira que tenho a honra de vir ocupar”, disse o novo Acadêmico no início de seu discurso de posse.
O romancista baiano Antônio Torres, eleito no dia 7 de novembro do ano passado, tomou posse na Cadeira 23 – que tem como fundador Machado de Assis, primeiro Presidente da Academia, e, como patrono, José de Alencar –, em solenidade no Petit Trianon, no dia 9 de abril. Torres, que sucede o Acadêmico Luiz Paulo Horta, falecido no dia 3 de agosto do ano passado, foi recebido pela Acadêmica Nélida Piñon, responsável pelo discurso de recepção.
Logo após, o Acadêmico Alberto da Costa e Silva, convidado pelo Presidente Geraldo Holanda Cavalcanti, fez a aposição do colar. A seguir, os Acadêmicos Eduardo Portella e Antonio Carlos Secchin fizeram, respectivamente, a entrega da espada e do diploma. Os ocupantes anteriores da cadeira 23 foram: Lafayette Rodrigues Pereira, Alfredo Pujol, Otávio Mangabeira, Jorge Amado e Zélia Gattai.
O Prefeito da cidade de Sátiro Dias, antigo povoado de Junco, onde nasceu o Acadêmico Antônio Torres, Pedro Raimundo Santana da Cruz, e o Secretario de Cultura da Bahia, Albino Rubim, compareceram á posse e fizeram parte da Mesa, na companhia da Diretoria da ABL, representada pelo Presidente Geraldo Holanda Cavalcanti, o Secretário-Geral, Domício Proença Filho, e o Primeiro-Secretário, Antonio Carlos Secchin.
“A obra de Antônio Torres não se esgota em moderada abordagem. Com admiráveis irradiações poéticas, seus livros questionam o inconformismo de que padecem todos, empurrados por um destino torpe que sufoca sonhos e vidas. Enquanto deixa claro que o Brasil não nos pertence. Nenhuma cidadania está prevista. E menos ainda para os miseráveis que, nada tendo de seu, não têm sequer o direito de reclamar os filhos que foram tombando na estrada”, afirmou Nélida Piñon.
Encerrando o discurso, disse: “Acadêmico Torres, nesta noite, no plenário do Petit Trianon, graças a sua obra literária, o Brasil se integra uma vez mais. O sertão e a pólis se enlaçam. Uma circunstância que nos leva a louvar o grande autor que, vindo do Junco, enalteceu o Brasil. É propício, pois, proclamar que a Academia Brasileira de Letras o acolhe com orgulho. Seja bem-vindo a esta Casa, Acadêmico Antônio Torres”.
 
                       &&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

Nenhum comentário:

Postar um comentário