Passeio meus olhos em antigos caminhos
farrapos sobrados do nosso naufrágio.
Passeio meus dedos nos teus cansaços
desalentadas fadigas de muitos desvios
quardando no tato as marcas do agora
prendendo nos olhos o pranto de ontem.
Me agarro febril a um breve minuto
seguro nas mãos o tão nada deixado
amordaço na boca um soluçar amargoso
e pranteio em silêncio meu pobre lamento.
Clair de Mattos
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